PF avança em operação contra venda de sentenças e espionagem de autoridades: grupo tinha "tabela de preços" para monitorar políticos
Nova fase da Operação Sisamnes mira esquema nacional que inclui vazamento de informações sigilosas, espionagem e favorecimentos ilegais. Alvos estão ligados a tribunais superiores e a nomes influentes da política.

A Polícia Federal deflagrou nesta sexta-feira (30) mais uma etapa da Operação Sisamnes, que já é considerada uma das mais complexas investigações sobre venda de decisões judiciais no país. Os novos alvos estão em Palmas (TO) e incluem três suspeitos envolvidos em um suposto esquema nacional de comercialização de sentenças judiciais e vazamento de dados sigilosos.
Essa fase mira especialmente o acesso antecipado de investigados a informações sensíveis, o que pode ter atrapalhado operações policiais e medidas judiciais. Os mandados foram autorizados pelo ministro Cristiano Zanin, do STF.
Entre os investigados está um advogado de Brasília, acusado de repassar dados sigilosos a outros envolvidos — incluindo um preso que teria recebido privilégios ilegais. A PF ainda não revelou a identidade desse novo beneficiado.
A Operação Sisamnes já está na nona fase e envolve apurações sobre irregularidades no Tribunal de Justiça de Mato Grosso e no Superior Tribunal de Justiça (STJ). O caso ganhou destaque nesta semana após a revelação de um esquema de espionagem ilegal, que incluía até o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) como alvo de monitoramento.
Na última quarta-feira (28), cinco pessoas foram presas por envolvimento em um grupo de extermínio e espionagem, com tabelas de preços para "vigiar" autoridades como deputados, ministros e juízes.
As investigações continuam e devem avançar para identificar quem contratava os serviços ilegais e quais informações foram efetivamente vendidas ou utilizadas.
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