Bahia se destaca e vira referência nacional na educação de jovens, adultos e idosos.

A Bahia está mostrando ao Brasil que nunca é tarde para aprender. O estado acaba de alcançar a segunda colocação nacional em número de jovens, adultos e idosos matriculados na Educação de Jovens e Adultos (EJA), segundo dados do Censo Escolar 2024. Foram 129.741 estudantes matriculados este ano, um crescimento expressivo de quase 8% em relação a 2023.

O avanço coloca a Bahia à frente de gigantes como Minas Gerais, ficando atrás apenas de São Paulo, que lidera o ranking com 132.588 estudantes.

A secretária estadual de Educação, Rowenna Brito, credita esse crescimento à mobilização ativa realizada pela rede estadual: “Não é só sobre abrir vagas, é sobre garantir que essas pessoas — que foram privadas da escola na idade certa por diversos motivos — tenham condições reais de voltar e continuar estudando”, afirma.

A estratégia envolve desde busca ativa e acompanhamento até infraestrutura reforçada, professores qualificados, merenda de qualidade e programas de incentivo financeiro, como a Bolsa Presença e o programa federal Pé-de-Meia. “A permanência dos alunos é prioridade”, destaca a secretária.

Presente em todos os 27 territórios de identidade da Bahia, a EJA também é oferecida em presídios e unidades socioeducativas, graças à parceria com a Seap e a Fundac. A modalidade, além de permitir a conclusão do Ensino Médio em apenas dois anos, tem um modelo pedagógico inclusivo, baseado em eixos temáticos e avaliação por conceitos — respeitando o tempo de cada aluno.

Em 2024, a EJA ganhou ainda mais força com o lançamento do Pacto pela Superação do Analfabetismo, e a Bahia investiu cerca de R$ 70 milhões na aquisição de livros didáticos e ações de valorização docente.

O recado é claro: na Bahia, educação é compromisso com o presente e o futuro — para todas as idades.

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