Belo Horizonte reforça alerta e convoca população a se vacinar contra gripe em meio a emergência respiratória
Com aumento de casos graves e circulação de vírus respiratórios, vacinação é recomendada para todos a partir dos 6 meses de idade; especialistas alertam para sinais de gravidade em crianças.

A Defesa Civil de Belo Horizonte emitiu um alerta à população no último sábado (17), recomendando que todos, a partir dos seis meses de idade, se vacinem contra a gripe. A medida ocorre em meio à situação de emergência respiratória decretada pela capital mineira em 30 de abril, diante do aumento expressivo de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG).
Com a chegada do tempo seco e das temperaturas mais baixas, cresce o número de crianças gripadas com sintomas intensos, o que acende o alerta entre médicos e especialistas. Segundo a pneumologista pediátrica Laís Nicoliello, diretora científica da Sociedade Mineira de Pediatria, há uma alta circulação de vírus como o influenza e o vírus sincicial respiratório. "As crianças menores de um ano estão entre as mais vulneráveis", afirma.
A médica orienta os pais a ficarem atentos aos sinais de gravidade, como febre persistente por mais de três dias, dificuldade para respirar, manchas no corpo, crises convulsivas e diminuição na frequência urinária. “Nestes casos, é fundamental procurar atendimento médico imediato”, reforça.
Os centros de saúde da capital oferecem a vacina contra a gripe a toda a população, e a meta da Secretaria Municipal de Saúde é vacinar cerca de 90% dos habitantes. Até o momento, os idosos são o grupo com maior adesão à campanha.
Laís também alerta para o impacto da queda na cobertura vacinal nos últimos anos. “Isso favorece a maior circulação dos vírus e, consequentemente, aumenta os casos graves”, diz. Além da vacina, ela destaca medidas simples, como lavar as mãos corretamente, evitar aglomerações e manter o cartão de vacinação em dia.
O infectologista Adelino Melo Freire, presidente da Sociedade Mineira de Infectologia, confirma o aumento de casos em 2025. Para ele, a relação é direta: “Quanto menor a cobertura vacinal, maior o número de pessoas que adoecem e maior o risco de agravamento”. Freire reforça a importância de higienizar as mãos, usar máscaras em ambientes fechados e evitar sair de casa quando estiver com sintomas gripais.
Em relação ao retorno à escola, a orientação médica é clara: crianças com sintomas não devem frequentar o ambiente escolar. O retorno deve acontecer apenas após o fim da febre e após pelo menos três dias do início dos sintomas, sempre com avaliação médica.
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