Adolescentes são apreendidos em megaoperação contra crimes virtuais envolvendo abuso infantil e apologia ao nazismo

Suspeitos atuavam em rede nacional com incentivo à automutilação, perseguição e compartilhamento de conteúdo de abuso sexual infantil; operação ocorreu em 12 estados

Postado à 5 dias
Atualizado à 3 dias
Adolescentes são apreendidos em megaoperação contra crimes virtuais envolvendo abuso infantil e apologia ao nazismo

A Polícia Civil apreendeu dois adolescentes, de 15 e 16 anos, suspeitos de integrar uma organização criminosa voltada a crimes cibernéticos contra crianças e adolescentes. A ação faz parte da Operação Mão de Ferro 2, deflagrada nesta terça-feira (27), em 12 estados do país, com foco especial em delitos envolvendo meninas como principais vítimas.

O adolescente de 15 anos, apontado como o líder do grupo, já havia sido investigado por apologia ao nazismo e por incentivar a automutilação entre jovens em operações anteriores. Agora, ele é alvo de novas denúncias relacionadas à promoção de suicídio, ameaças, perseguições, e disseminação de material de abuso sexual infantil.

A operação é coordenada pela Polícia Civil de Mato Grosso em conjunto com o Laboratório de Operações Cibernéticas do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP). Foram cumpridos 22 mandados judiciais em cidades como Sete Lagoas e Caeté (MG), Manaus e Uruçará (AM), Mairi (BA), Fortaleza (CE), Serra (ES), Sinop (MT), Marabá (PA), São Paulo, entre outras.

De acordo com a Polícia Civil, os crimes eram cometidos principalmente em plataformas digitais como WhatsApp, Telegram e Discord, onde os suspeitos promoviam comportamentos autodestrutivos, ameaçavam vítimas e expunham conteúdos violentos e abusivos.

As penas para os crimes investigados, somadas, podem ultrapassar 20 anos de reclusão, além de multas. Entre os crimes estão:

Induzimento à automutilação e suicídio (pena de até 6 anos, dobrada se a vítima for menor de idade);

Stalking (até 2 anos de prisão, com agravante se a vítima for criança ou adolescente);

Ameaça (pena de até 6 meses ou multa);

Produção e compartilhamento de material de abuso sexual infantil (penas de até 6 anos);

Apologia ao nazismo (até 5 anos de prisão).


A operação é considerada um marco no combate à criminalidade digital que afeta diretamente a segurança e integridade de crianças e adolescentes em todo o Brasil.

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