Justiça eleitoral caça mandato de Rubinho Nunes por divulgar laudo falso contra Boulos
Vereador é declarado inelegível por 8 anos após espalhar documento falso que acusava Guilherme Boulos de uso de drogas e surto psicótico na véspera da eleição.

A Justiça Eleitoral decidiu nesta sexta-feira (30) caçar o diploma do vereador Rubinho Nunes (União Brasil), tornando-o inelegível por oito anos. A decisão, assinada pelo juiz Antonio Maria Zorz, da 1ª Zona Eleitoral de São Paulo, se baseia na divulgação de um laudo falso contra o então candidato a prefeito Guilherme Boulos (PSOL) durante a campanha de 2024.
Segundo a sentença, Rubinho, em conluio com o também candidato Pablo Marçal (PRTB), publicou nas redes sociais, na antevéspera da eleição, um laudo médico fraudulento. O documento afirmava que Boulos estaria em “surto psicótico grave”, com “ideias homicidas” e que um exame toxicológico teria apontado uso de cocaína — informação comprovadamente falsa.
O juiz destacou que Rubinho não negou a autoria da publicação, o que, para a Justiça, confirmou sua responsabilidade na disseminação da fake news. “Não há dúvidas de sua atuação na publicação do laudo falso […] o que restou incontroverso já na primeira manifestação defensiva”, afirmou Zorz.
A ação foi movida por Leonardo dos Reis Adorno Becker, candidato a vereador pela federação PSOL-Rede. A conduta de Pablo Marçal, citado como envolvido no caso, está sendo investigada em outro processo.
Nas redes sociais, Guilherme Boulos comentou com ironia, escrevendo apenas “sextou” ao compartilhar a decisão judicial. Já Rubinho Nunes classificou a decisão como “a maior injustiça da minha vida”.
A decisão ainda cabe recurso.
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