Golpistas se passam por advogados e causam prejuízo de R$ 105 mil a servidores da PBH

Uma onda sofisticada de golpes tem causado prejuízos a servidores municipais de Belo Horizonte, com casos que chegam a R$ 105 mil por vítima. Os criminosos se passam por advogados ou assessores jurídicos da Associação dos Servidores Municipais da PBH (Assemp), usando dados reais de processos judiciais para aplicar as fraudes.

De acordo com Daniele Santos, gestora jurídica da Assemp, cerca de mil servidores já foram afetados. A fraude segue um padrão: os golpistas informam a liberação de valores judiciais, como precatórios, e solicitam o pagamento de taxas falsas ou orientam os alvos a clicarem em links maliciosos, o que permite o acesso remoto aos seus dispositivos e contas bancárias.

O aposentado José Cândido Ribeiro foi uma das vítimas. Após receber mensagens de uma suposta advogada com cópias verdadeiras de seu processo, foi induzido a seguir instruções no aplicativo do banco, resultando na perda de R$ 9,6 mil. "Quando percebi, em vez de receber um valor, foi feito um débito na minha conta", relata.

Segundo a Assemp, não houve vazamento de dados internos. A associação acredita que os criminosos acessam informações públicas nos sistemas judiciais. Em 2023, a Assemp acionou o Ministério Público e o TJMG, além de orientar vítimas e oferecer apoio jurídico.

A Polícia Civil instaurou inquérito para investigar os casos. A corporação alerta para que vítimas registrem boletim de ocorrência, presencialmente ou pela Delegacia Virtual, e destaca que o crime de estelionato exige representação formal para ser investigado.

Cuidados recomendados:

Desconfie de contatos não oficiais ou mensagens com senso de urgência.

Não clique em links desconhecidos.

Verifique a identidade dos remetentes por canais oficiais da Assemp.

Consulte o registro de advogados no site da OAB.

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