Sem risco de embargo: gripe aviária não afeta exportações, diz governo

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) descartou, nesta quarta-feira (4), qualquer risco de novos bloqueios internacionais à carne de frango brasileira, mesmo com os recentes registros de gripe aviária em aves silvestres no país.

Segundo o ministro Carlos Fávaro, o Brasil mantém o controle da situação e já iniciou tratativas para reverter restrições impostas por alguns países. “Já começamos a negociação de diminuir a restrição total com vários países”, afirmou.

Até agora, 169 casos da doença foram confirmados em aves silvestres, sendo o mais recente em um irerê encontrado morto no Zoológico de Brasília. Nenhum desses casos envolveu produção comercial.

Fávaro explicou que esses episódios não comprometem as exportações, pois os protocolos internacionais não exigem bloqueios quando a gripe aviária ocorre apenas entre aves silvestres. “Estamos há dois anos registrando esses casos e nenhum mercado foi fechado por isso”, destacou.

O único foco em uma granja comercial — em Montenegro (RS) — já foi controlado, com medidas rápidas de contenção. “Estamos na metade do vazio sanitário. Não há mais mortes de animais, e o vírus não saiu da granja. O sistema brasileiro funcionou”, afirmou o ministro.

Atualmente, 21 mercados mantêm algum tipo de restrição à carne de aves brasileira, principalmente ao estado do Rio Grande do Sul. Fávaro disse que negociações já estão em curso com países como México, China, Iraque, África do Sul e União Europeia. “A UE já enviou um questionário e nós já respondemos, esperando uma liberação em breve”, revelou.

O ministro garantiu que o Brasil segue em estado de emergência sanitária, com ampliação das investigações e total transparência. Dos casos em análise, nenhum envolve granjas comerciais.

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