De volta pra casa: Brasil reforça acolhimento humanizado para deportados dos EUA"

O Brasil está dando um novo significado à palavra "repatriação"! O segundo voo trazendo brasileiros deportados dos Estados Unidos, sob a nova gestão do governo Trump, pousou na noite de sexta-feira (07/02/2025) no Aeroporto Internacional de Confins, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Antes disso, o avião fez uma escala técnica em Porto Rico e uma primeira parada em Fortaleza, onde parte dos passageiros optou por desembarcar. Dos 111 repatriados, 88 seguiram viagem para Minas Gerais em aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB).

A recepção dos deportados contou com uma equipe do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC), liderada pela ministra Macaé Evaristo. Durante o acolhimento, a ministra destacou a importância de um processo mais humanizado.

"Quem puder, converse com a nossa equipe, compartilhe informações que possam nos ajudar a negociar melhorias para esses voos. Queremos tornar esse retorno menos doloroso e mais digno. Contem com a gente!", enfatizou Macaé Evaristo.

Acolhimento caloroso e apoio aos repatriados

A parada em Fortaleza foi um divisor de águas para os passageiros, que encontraram um ambiente acolhedor logo ao desembarcarem.

"Foi a primeira vez que o Ceará recebeu deportados, e o atendimento foi muito bem estruturado. Muitos estavam envergonhados, mas ao verem a acolhida humanitária relaxaram bastante", contou Ana Maria Gomes Raietparvar, coordenadora da Coordenação-Geral de Promoção dos Direitos das Pessoas Migrantes, Refugiadas e Apátridas.

Quem são os repatriados?

O governo dos Estados Unidos repassou ao Brasil uma lista detalhando o perfil dos deportados, permitindo um planejamento mais eficiente da recepção. O grupo é predominantemente jovem e conta com:
•    8 crianças de até 10 anos
•    11 adolescentes entre 11 e 20 anos
•    38 adultos jovens entre 21 e 30 anos
•    33 pessoas de 31 a 40 anos
•    17 entre 41 e 50 anos
•    4 com mais de 51 anos (o mais velho tem 53 anos)
Entre os 111 repatriados, 85 são homens (71 estavam desacompanhados) e 26 são mulheres (12 também sem companhia). Cerca de 25% do grupo (28 pessoas) chegou em núcleos familiares.

Estrutura para um novo começo

Para garantir um retorno mais digno, o Aeroporto Internacional de Belo Horizonte montou um verdadeiro QG de acolhimento para os deportados. A sala de autoridades virou um Posto de Acolhimento, equipado com:
•    Água e alimentação
•    Pontos de energia e internet
•    Banheiros
•    Canais de comunicação para contato com familiares

Além disso, os repatriados receberam informações sobre assistência social, atendimento médico, regularização vacinal e matrícula na rede de ensino.

A missão do governo é clara: tornar esse processo o menos traumático possível e oferecer oportunidades para que essas pessoas possam recomeçar com dignidade. Afinal, voltar para casa não precisa ser um pesadelo!

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